Quem mexeu na minha sala de aula?

Este artigo foi publicado originalmente em: RAMAL, Andrea Cecilia. “Quem mexeu na minha sala de aula?”. Pátio – Revista Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, Maio – Julho 2009.

O aluno começa a pesquisa entrando numa página da internet e encontra um hipertexto que tem palavras, imagens e links. Clica num lugar, depois em outro, depois em mais outro. De repente não está na mesma página, mas em outra que completa e amplia o assunto inicial. Cai num blog sobre o tema, posta uma mensagem, lê várias. Recebe um chamado no canto da tela: há outro usuário conectado. Conversam por escrito enquanto ele lê notícias em tempo real. Com um programa ouve e grava músicas; em outra janela lê uma mensagem no celular. Liga a câmera, microfone. Trocam informações sobre o que pesquisaram. Novos usuários entram no chat, de outras partes do mundo. O aluno reconstrói sua pesquisa, amplia fragmentos, em dado momento sai do diálogo. Alguns saem, parte continua. A rede se reconfigura, amálgama flexível e fluido, e segue com vida própria.

Esses milhões de crianças e jovens conectados aos monitores constituem uma inteligência coletiva em movimento. Eles não entendem uma vida sem dispositivos tecnológicos e as multimídias - sequer a conheceram. Circulam em muitos lugares. E no mínimo por cinco a seis horas a cada dia, estão numa sala de aula.

Sala de aula: esse espaço construído para ser um templo de saberes abstratos, marcado pelas leis da sociedade da escrita, que organiza o conhecimento como as páginas de um livro: linear, fragmentado, isolado dos demais. Onde há que ler segundo as interpretações corretas. Escola das verdades absolutas, universais e atemporais, da exatidão científica, da razão vitoriosa sobre as incertezas, das aulas expositivas, os horários rígidos e as atividades que se cumprem sem discussão.

Eis que uma nova humanidade entra diariamente pelas portas e janelas dessa mesma sala de aula. E então nada fica no lugar. Porque a experiência da tecnologia digital muda a forma com que nos relacionamos com o conhecimento – e, portanto, a forma de aprender.

Éramos moldados para aprender como num monólogo: alguém fala e é preciso saber repetir. As tecnologias digitais trazem um novo texto, um hipertexto, resultado de uma reunião de vozes e de olhares, construído na soma de muitas mãos. O individual é limitado, vale a construção coletiva. A participação do leitor se faz fundamental. Não somos mais passivos, mas sujeitos de todo percurso.

Cada um constrói o seu itinerário. Em vez de realidades únicas e totalizantes, possibilidades infinitas, abertas e plurais. O leitor se torna autor, o receptor se torna interativo.

Não há mais caminhos únicos nem linearidade. Agora aprender é mergulhar nas malhas da rede, libertar-se das fronteiras, não por uma página depois de outra, mas por links interconectados. Sem os limites tecnológicos, que traziam consigo limites culturais e conceituais, de uma tecnologia de escrita que não permitia a mobilidade e a leveza.

Um comentário:

  1. Bom dia

    Uma passagem das Escrituras, sem motivo especifico por ter deixado no seu blogger, mas especifico para que leia, simplesmente pela leitura das Escrituras de Deus, que sempre fala ao nosso SER.

    LUCAS CAP.6

    20 E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.
    21 Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.
    22 Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem.
    23 Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas.
    24 Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação.
    25 Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis.
    26 Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas.

    “ A palavra do Senhor alerta aqueles que colocam sua confiança, consolação nas riquezas destes mundo, estes não olham para o caminho do Senhor e acreditam que as riquezas é que lhes darão tranqüilidade, proteção e fortalecimento, estes já recebem a sua consolação neste mundo. Aqueles que colocam o coração no caminho do Senhor, usa das condições que o Senhor lhe permite para ajudar o próximo, ser justo, e buscar viver conforme a palavra do Senhor, confiando em Deus não em riquezas, estes com certeza estarão com o Senhor, independente se tenham riquezas ou não, pois o Senhor sonda as mentes e os corações.”

    27 Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam;
    28 Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam.
    29 Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses;
    30 E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir.
    31 E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também.
    32 E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam.
    33 E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo.
    34 E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto.
    35 Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.
    36 Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.
    37 Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão.

    “Se queres receber respeito, justiça, verdade, amor, então o faça também, como quereis que vos faça da mesma maneira lhes fazeis vós.

    E assim os Cristão continuam, julgando os familiares, os vizinhos, os estranhos, os pecadores. Devemos deixar os caminhos, as ações e o pensamentos que não agradam a Deus fora de nossas vidas, não praticar, mas o julgamento temos de aprender a deixar para quem pode julgar, que é Deus, ou será que vamos julgar que os caminhos do Senhor não são corretos. EZ 18-25 ao 30”

    Que a Graça de Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo de Deus, nos fortaleça no caminho do Senhor!

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